segunda-feira, 24 de janeiro de 2011


 
Olhar de criança (Um mundo de vida)


Hoje, ao chegar no trabalho, lembrei de algo muito interessante que vi durante o caminho, Uma senhora e um menino, eles andavam juntos, talvez, ela estivesse a levá-lo no colégio. Daí sem mais nem menos, comecei a lembrar dos dias em que meu Pai era o melhor homem do mundo, minha mãe a chata, meus amigos os mais fieis, meus instintos, o meu guia! Onde as flores, o mato, o amanhecer, o entardecer, e por fim a noite... Como era maravilhosa, essa sensação de estar sempre vivo e feliz, contente com a simplicidade da criação que, dentro de mim significava o ápice de algo infinito e sublime, confortando meu coração de menino e cultivando o amor verdadeiro dentro da minha mente.
Lembrei-me dessas coisas e não conseguia controlar a saudade que brotava, a alma desejosa para voltar a esse tempo, tempo de menino e de um olhar puro, simples, honesto, verdadeiro, sincero, único, sublime, extraordinário, sadio, vivo, alegre, cheio de amor e ternura que geravam de dentro para fora uma vida significante e completamente dependente desse olhar e dessa alegria de viver em comunhão com a simples e única criação.
Por um momento, fiz uma comparação, esse olhar de antes com meu olhar de hoje. Descobri que, apenas em reconhecer onde já olhei a vida de forma totalmente sadia, agora entendo o porquê de tanto amor nos olhos de uma CRIANÇA. É minha mãe era muito “chata” meu Pai o melhor e aquela criança era eu, sim! Como pôde, tanta doença e desencanto me transformarem em uma mula andante e vendada? Tudo o que fui quando menino, hoje, seria a minha verdadeira paz e o meu verdadeiro lar, logo percebi que mudou, sim, mudou o olhar! Contudo, hoje, ainda vejo meu Pai como um grande homem, minha mãe como a mais importante mulher que já pude conhecer em minha vida, meus irmão como exemplos de uma vida fiel a um olhar, olhar esse que, transformou a mim e a tudo o quanto vejo. Pois um dia fui reflexo do amor dessa visão, hoje talvez, um simples caminhante nessa estrada de buracos fundos e verdes esfumaçados, em busca de uma criança perdida lá no fundo do meu ser.
Em Jesus, que é Deus.

Weslley Mathias
12 de agosto de 2010
Espinheiro/Recife-PE
11h 34min

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