segunda-feira, 31 de janeiro de 2011


A Escritura diz:

“Quem semeia ventos, colhe tempestades...”

“Aquilo que o homem semear, isto também ceifará!”

“Não julgueis... (a alma do próximo e sua vida com Deus)..., pois com a medida com que medes o outro, com esta mesma medida serás também medido...”

“Os olhos são a lâmpada do corpo... Vê, assim, que o que em ti deveria ser luz, não se torne em trevas...”

“Colhem-se, porventura, uvas de espinheiros?”

“Pode a mesma fonte jorrar o que é doce e o que é amargo?”

“Assim, pelos seus frutos os conhecereis...”


E haveria uma multidão de textos carregando o mesmo espírito que poderiam ser aqui mencionados. Estes, porém, são suficientes a fim de estabelecer alguns princípios espirituais.

1º Nossa relação com Deus não se baseia em nenhuma Teologia de Causa e Efeito, pois, em Cristo, temos que Ele é a Causa Salvadora-e-Pecadora (Ele foi feito pecado por nós); e também que Ele é o Efeito, posto que Nele fomos feitos justiça de Deus; tendo morrido, sido sepultados, ressuscitados, e estando assentados, também Nele, nos lugares celestiais.

Desse modo, coisas boas acontecem a gente boa, assim como também coisas más; e coisas boas acontecem a pessoas “ruins”, assim como também como coisas boas acontecem a elas. Portanto, o que se colhe não é o fruto “moral” de nossa existência, mas o fruto de um momento, seja em razão de nossa semeadura pessoal, ou seja em razão de “acidentes”. Entretanto, quem deliberadamente semeia ventos, sempre colherá tempestades. Sim, as tempestades criadas a partir dos mares revoltos de seu próprio coração.

2º Toda realidade, por mais objetiva que seja, é falsificada pelo nosso olhar. Assim, o julgamento do próximo, de sua alma, e com a presunção de pretender ser Deus na interpretação do outro, infalivelmente será “projeção” do próprio ser que julga. Desse modo, o mundo de fora, quase sempre é a projeção de nosso mundo interior. Sim, o mundo fica do tamanho de nossas medidas interiores. O caminho de fora é sempre determinado pelo de dentro. E o olhar que enxerga fora, antes de tudo enxerga apenas o que já enxergava antes de ter visto. Ou seja: pelo pré-conceito!

3º A vida não é feita de conceitos, mas de atos que produzem conceitos. A discussão não é acerca da fonte, mas das águas que dela procedem. Assim, é a água que declara qual é a fonte. A discussão sobre a fonte é apenas o tratado dos que não querem enxergar a verdade. Ou, enxergando-a, não querem vivê-la. Mas quem bebe a água sabe qual é a fonte; e nem precisa discutir a fonte, mas apenas bebe dela. “Assim, pelos seus frutos os conhecereis...” Apenas quem come o fruto conhece o que se tem para conhecer.

Desse modo, quem anda conforme o Evangelho, sabe que melhor vê fora, quem se enxerga dentro. Afinal, segundo Jesus, tudo procede das sementes espirituais que a gente semeia, tanto em atos, como em modos, em atitudes, e em capacidade de perdoar, são o fruto que nós mesmos comeremos em nossas almas. São essas realidades simples que mudam a jornada. E é a energia-semente-espiritual que, em sendo plantada, sempre dá seu fruto; e sempre conforme a qualidade do fruto; se bom ou se mal.

O que se diz é que “aquilo que o homem semear, isto também ceifará...” Portanto, é o homem quem planta e é o homem quem colhe aquilo que ele mesmo planta. Por vezes colhe na forma de tragédias (mas nem sempre). Entretanto, inevitavelmente, ele sempre colherá o que planta; pois quando evita a calamidade driblando suas próprias maldades, todavia, colherá no ser, na alma, no coração e nas emanações das vibrações espirituais que todos nós geramos, o produto de suas próprias emanações de vida; seja em palavras ou em ações; seja pela pelo silêncio que grita a inveja ou a indiferença; ou seja pelo amor que se entrega e, assim, gera mais vida que a sua própria existência poderia produzir.


Pense nisto!


Nele, que nos poupa o tempo todo, do contrário a vida seria uma colheita de espinhos,


Caio
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Mantidos pela Graça...
Conectados pela Causa...
Chamados para uma Missão...
Marcados pelo Amor...
Que assim seja nosso caminhar!

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